MP da Itália afirma que Carla Zambelli não corre risco de violação de direitos humanos em extradição
Parecer do Ministério Público italiano rejeita a tese de “perseguição política” da bolsonarista e abre caminho para sua devolução ao Brasil

O Ministério Público da Itália divulgou parecer nesta sexta-feira, 24 de outubro de 2025, afirmando que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) não corre risco de violação de direitos humanos caso seja extraditada ao Brasil.
A defesa de Zambelli vinha sustentando que ela era alvo de perseguição política — alegando que o processo conduzido no Brasil, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e em especial pelo ministro Alexandre de Moraes, violava suas garantias. Entretanto, o MP italiano concluiu que essas alegações não se sustentam, reforçando que “não há indícios de que a extraditada será submetida a tratamento que viole direitos humanos ou a um regime carcerário incompatível com os padrões europeus”.
O parecer marca um revés significativo para o plano da deputada de usar o argumento de “vitimização política” para barrar o processo de extradição. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
Com essa decisão, aumenta a probabilidade de que o governo brasileiro possa requerer a devolução de Zambelli às autoridades nacionais para cumprimento da pena. A defesa agora enfrenta o desafio de oferecer novos argumentos que impeçam o prosseguimento da extradição.
