Relatório do Coaf incluído pela PF no inquérito mostra repasses milionários entre o deputado e familiares, levantando suspeitas graves de lavagem de dinheiro e coação institucional.

O Coaf identificou movimentações suspeitas de Eduardo Bolsonaro entre setembro de 2023 e junho de 2025. Nesse período, o deputado movimentou R$ 4,16 milhões em créditos e R$ 4,14 milhões em débitos. O valor, embora equilibrado, chama atenção pelo volume e pela ausência de justificativas públicas.

Jair Bolsonaro foi o principal remetente das transações

Segundo o relatório, Jair Bolsonaro transferiu R$ 2,1 milhões para a conta de Eduardo. Além disso, o deputado recebeu R$ 683 mil da empresa Eduardo B Cursos. Essa empresa é administrada por Eduardo e sua esposa, Heloísa. Também houve repasses de R$ 212 mil para a própria Heloísa Bolsonaro.

Essas transferências levantam a hipótese de blindagem patrimonial. A Polícia Federal avalia se os recursos serviram para sustentar Eduardo no exterior e financiar a rede de apoio bolsonarista.

PF investiga movimentações suspeitas de Eduardo Bolsonaro

A Polícia Federal incluiu o relatório no inquérito sobre tentativa de abolição violenta do Estado de Direito. Nesse processo, Eduardo e Jair Bolsonaro já foram indiciados por coação. Agora, as movimentações suspeitas de Eduardo Bolsonaro reforçam a suspeita de que a família buscava ocultar patrimônio enquanto atacava instituições democráticas.

Estratégia financeira e possíveis crimes

Os repasses seguem um padrão que sugere organização. Primeiro, há transferências de altos valores entre familiares. Em seguida, parte do dinheiro passa por empresas de câmbio. Esse caminho levanta suspeitas de lavagem, pois dificulta rastrear a origem real dos recursos. Portanto, não podem ser vistas como simples repasses. Elas mostram uma rede financeira planejada para proteger interesses políticos e familiares.


STF reage às movimentações suspeitas de Eduardo Bolsonaro

Diante das descobertas, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de bens, contas bancárias e chaves Pix de Eduardo Bolsonaro. Essa decisão, embora dura, busca impedir que o dinheiro continue circulando de forma irregular. Além disso, reforça que a Justiça não se intimida diante do poder econômico da família.


Consequências políticas das revelações

As movimentações suspeitas de Eduardo Bolsonaro fragilizam ainda mais o bolsonarismo. Elas expõem a dependência de recursos financeiros de origem questionável e colocam em xeque a narrativa de perseguição política usada pelo grupo. Ao contrário do que dizem os aliados, os indícios apontam para crimes financeiros reais.

Conclusão: democracia contra blindagem financeira

Em resumo, o relatório do Coaf mostra que as movimentações suspeitas de Eduardo Bolsonaro não são um detalhe. Elas compõem um esquema que envolve família, empresas e estratégias para ocultar patrimônio.

Portanto, esse caso representa mais do que um problema individual. É um desafio direto ao sistema democrático, que precisa reagir contra a tentativa de transformar dinheiro irregular em poder político.

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