Redação

Em entrevista exclusiva ao Painel Político, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o dever de cumprir o mandato em solo nacional é obrigação regimental. Ele disse que “é impossível exercer o mandato estando em outro país” e indicou que o deputado Eduardo Bolsonaro pode ser alvo de cassação se persistir em ausências e conduta contrária às normas da Casa.

Motta justificou decisões recentes da Mesa da Câmara que vetaram a possibilidade de Eduardo ocupar função de liderança partidária enquanto reside no exterior, alegando que tais normas visam preservar a coerência institucional. Ele ressaltou que cabe ao plenário decidir sobre eventual perda de mandato, e que “o regimento veda isso e iremos cumpri-lo”.

O parlamentar bolsonarista tem acumulado faltas em sessões e distante do Brasil, enquanto participa de mobilizações políticas nos EUA. Essas ausências excessivas são vistas como potencial base para abertura de processo de cassação por desrespeito à Câmara.

Na mesma entrevista, Motta também mencionou que dará prioridade a reformas e projetos de “interesse público” em vez de pautas polarizadas — e que, por ora, não há previsão para votação da proposta de anistia/dosimetria ligada aos eventos de 8 de janeiro.

As declarações provocaram reações imediatas nas redes sociais: aliados de Eduardo Bolsonaro acusam Motta de alinhamento fácil com o governo Lula, enquanto opositores saúdam a afirmação da hierarquia institucional.

Fonte: Painel Político