Relator Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal aponta rede coordenada de desinformação e tenta golpe de Estado

O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que apura a chamada “trama golpista”, votou nesta terça-feira para condenar sete réus do Núcleo 4, acusados de atuar em rede de desinformação com o objetivo de atacar o processo eleitoral brasileiro e criar condições para intervenção institucional.

O Núcleo 4 é composto por militares da reserva e agentes de segurança pública. Entre os réus estão Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal), Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército), Ângelo Martins Denicoli (major da reserva), Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente da reserva), Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel da reserva), Reginaldo Vieira de Abreu (coronel da reserva) e Marcelo Araújo Bormevet (agente da Polícia Federal).

Segundo o voto de Moraes, o grupo criou uma “estrutura organizada de desinformação” que buscava deslegitimar o sistema eleitoral, a Justiça Eleitoral e o STF como parte de um esforço para preparar e executar “uma intervenção ou golpe de Estado”.

No caso de Carlos Rocha, o ministro analisou que apenas parte das acusações eram procedentes: Rocha será condenado por dois dos cinco crimes imputados — organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

A decisão marca nova fase do julgamento da trama golpista, e abre caminho para que os réus sejam condenados por crimes graves como tentativa de golpe, organização criminosa armada e dano qualificado ao patrimônio público. O voto de Moraes será seguido por outros ministros, e o acórdão será publicado em breve.

Para o Brasil, essa votação reafirma que a democracia exige vigilância permanente. A frase-chave “Moraes vota para condenar sete réus do Núcleo 4 da trama golpista” resume o momento: é um teste de credibilidade para o sistema de justiça e para a soberania popular.

Fonte: Brasil 247

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