Às vésperas da sessão decisiva, STF reforça que a Justiça não é palco de fuga política — e impõe monitoramento estrito, com discrição e postura firme.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, assinou nesta terça-feira (26) uma decisão dura e necessária: determinar que a Polícia Penal do Distrito Federal realize monitoramento integral da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. O mandato ocorre um dia após a Procuradoria-Geral da República defender a vigilância reforçada como forma de manter a lei penal em vigor.

A decisão atende ao pedido do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), que reagiu a indícios concretos de risco de fuga — como a descoberta, no celular de Bolsonaro, de um pedido de asilo à Argentina, preparado em 2024. Além disso, há suspeitas de que ele poderia buscar refúgio na Embaixada dos Estados Unidos, situada a poucos minutos de sua casa.

A vigilância deve ser feita com discreção total: nada de exposição midiática, medidas intrusivas ou perturbação à vizinhança. Moraes até deixou em aberto se os agentes usarão uniforme ou armamento — a critério da Polícia Penal — para assegurar que a lei seja aplicada sem espetáculo político.

Essa medida vem às vésperas do julgamento do chamado “núcleo central da trama golpista”, marcado para a próxima semana, com início no dia 2 de setembro. A fiscalização incessante é uma resposta clara: a democracia não se curva ao fingimento ou à teatralização de poder.

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1 comentário em “Moraes manda vigiar Bolsonaro 24h antes do julgamento: controle, não favoritismo

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