Redação

Na sessão desta quarta-feira (16 de julho de 2025), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou que enviará um ofício ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), após ter seu nome mencionado em relação à chamada “minuta golpista” de 2022, segundo informação do site Brasil 247.

O advogado Jeffrey Chiquini, representando o ex-assessor presidencial Filipe Martins, levantou a hipótese de que Tarcísio teria estado presente em uma reunião no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, momento em que se discutia um documento que previa ruptura institucional. A acusação baseia-se no fato de que o governador e Martins teriam acessado o local no mesmo dia e em horários próximos.

Moraes reagiu: classificou as declarações como “insinuações” e reforçou que Tarcísio não é investigado no inquérito. No entanto, ao ser questionado se o advogado estava acusando alguém pelo possível desaparecimento de imagens, cortou a fala de Chiquini e anunciou que já estaria oficiando o governador para comunicar as acusações.

A sessão foi marcada por tensão: Chiquini foi interrompido durante o depoimento do general Marco Edson Gonçalves Dias e advertido por Moraes. O ministro discursou com firmeza: “Os participantes do 8 de janeiro não eram vândalos, mas sim, golpistas condenados”.

O episódio ocorre no contexto das oitivas (núcleos 2, 3 e 4) da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022–2023. Testemunhas prestam depoimento via videoconferência até 23 de julho.