Moraes avalia reforço de vigilância à Bolsonaro antes do julgamento

Na véspera do julgamento que pode enterrar de vez a tentativa de golpe, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, se prepara para dar a palavra final. A Procuradoria‑Geral da República, através do procurador‑geral Paulo Gonet, pediu que a Polícia Federal amplie o policiamento ostensivo e discreto na residência de Jair Bolsonaro, mantendo vigilância eletrônica permanente e intensificando o monitoramento em tempo real — tudo isso para garantir que a tornozeleira e as medidas cautelares sejam efetivamente cumpridas.

A petição veio após uma iniciativa do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, que já havia solicitado a prisão preventiva do ex-presidente. Segundo o deputado petista, existem indícios concretos de que Bolsonaro planeja se dirigir à Embaixada dos EUA, a meros 10 minutos de sua casa, para tentar fugir do país.

Com o cenário tenso se acelerando, Moraes tem em mãos uma decisão de alto impacto: autorizar o reforço de segurança ou não. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, com tornozeleira eletrônica; suas visitas estão limitadas a familiares e advogados, e qualquer outra permissão exige aval judicial.

Tudo isso ocorre às vésperas do julgamento que começará em 2 de setembro, referente à suposta tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023. A eventual ampliação da vigilância institucionaliza um novo patamar de controle cautelar — porque não é só uma questão de segurança, mas de respeito às leis e à democracia fragilizada pela extrema-direita vassalocrata.

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