Margem Equatorial pode agregar R$ 419 bi ao PIB, aponta estudo da Petrobras
Nova fronteira exploratória do petróleo brasileiro revela potencial gigantesco de crescimento econômico e geração de empregos

Um estudo da Petrobras revela que a exploração total da Margem Equatorial — faixa marítima que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte — pode abrir um novo capítulo para a economia brasileira. Segundo a estatal, a nova fronteira exploratória poderia acrescentar até R$ 419 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) e gerar até 2,1 milhões de empregos diretos.
A referência da gerente-geral de Licenciamento Ambiental e Meio Ambiente da Petrobras, Daniele Lomba, foi feita durante palestra na Fundação Getulio Vargas, onde ela comparou a extensão da Margem Equatorial à das tradicionais bacias do Sudeste — Campos, Santos e Espírito Santo — e argumentou que o Brasil “precisa conhecer esse potencial” para alcançar autossuficiência energética.
Além da soma bilionária ao PIB, o levantamento aponta que a exploração pode render R$ 25 bilhões em tributos e R$ 20 bilhões em royalties e participações especiais, caso seja executada de forma plena.
Para o governo e para as camadas progressistas, essa notícia não é apenas de números: representa uma oportunidade estratégica de ruptura com o modelo colonial exportador. Se a matéria-prima permanecer aqui, se o câmbio for usado para investimentos, e se a cadeia produtiva for estruturada no Brasil — soja, minério, petróleo — o país pode virar protagonista. Esse é o momento que a vassalocracia tanto teme.
Agora, o desafio é operacional — transformar a promessa em realidade. Isso exige:
- licenciamento ambiental transparente e com rigor técnico;
- investimentos em infraestrutura e tecnologia de perfuração em águas profundas;
- políticas que assegurem que o valor agregado permaneça no país (refinarias, petroquímica, indústria de suporte);
- mecanismo de participação popular e controle social dos grandes contratos e fluxos financeiros.
Se tais condições forem cumpridas, a Margem Equatorial não será apenas uma “fronteira de petróleo” — será frente de emancipação econômica e de soberania nacional. Para o Brasil que escolhe resistir à lógica externa, essa é a página de virada.
