Apesar de divergências ideológicas, Malafaia descarta mobilização contra a nomeação de Messias

O pastor Silas Malafaia quebrou o silêncio sobre a provável nomeação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando nesta quarta­-feira que não pretende fazer campanha pública contra a indicação — mesmo com divergências ideológicas claras entre os dois.

Malafaia explicou que, embora tenha diferenças de convicção com Messias, não vê motivos pessoais ou morais para intervir: “Eu não vou fazer campanha contra o cara só porque é a indicação de Lula e só porque ele é um evangélico esquerdopata. Se tiver alguma coisa contra a moral dele, aí eu falo.”

Ele ressaltou que, em casos anteriores, escolheu não atuar politicamente contra outras indicações, como a de Cristiano Zanin — e fez distinção apenas à nomeação de Flávio Dino, que ele considerou “comunista”.

A possível nomeação de Jorge Messias, advogado-geral da União e homem de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já causa reações dentro da bancada evangélica no Congresso. Parte vê o movimento como aproximação do governo ao eleitorado religioso; outra parte se mostra cautelosa sobre o perfil “evangélico de esquerda” do indicado.

Para observadores de política progressista, a declaração de Malafaia serve como termômetro: mostra que mesmo atores antes alinhados à extrema-direita ou a projetos autoritários podem optar por neutralidade estratégica em vez de mobilização aberta. Coloca-se em cena um jogo de poder onde a legitimidade jurídica e moral das instituições — como o STF — volta a ser testada no Brasil.

Fonte: Vero Notícias.

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