Silas Malafaia envia vídeos aos EUA alegando “perseguição religiosa” após operação da PF
Ataques à fé ou estratégia de sobrevivência? Pastor usa retórica da vitimização para driblar responsabilização política.

O pastor Silas Malafaia, após ser alvo de operação da Polícia Federal — com apreensão de celular, quebra de sigilos, retenção de passaportes e proibição de contato com Jair e Eduardo Bolsonaro — gravou e enviou quatro vídeos dublados em inglês às autoridades dos Estados Unidos, acusando o ministro Alexandre de Moraes de promover “perseguição religiosa”
Em tom inflamado, Malafaia comparou a PF a uma “Gestapo”, evocando a polícia política nazista para criticar a operação feita por Moraes, que, conforme o próprio despacho, se baseou em “fortes indícios de participação” do pastor em estratégias para interferir em investigações contra a família Bolsonaro.
Para Malafaia, a apreensão de seus cadernos teológicos, que embasam seus sermões e trabalho religioso, seria um ataque direto à fé e ao livre exercício religioso, assegurado pela Constituição. Ele ressaltou que os bloqueios e apreensões impediram compromissos pastorais, incluindo uma viagem prevista aos EUA em setembro.
Além disso, o pastor criticou os vazamentos de conversas privadas com os Bolsonaro, anunciando que irá requerer responsabilidades legais contra os responsáveis. O envio dos vídeos é parte dessa estratégia midiática para internacionalizar sua narrativa de perseguição.