Redação

No dia 23 de agosto de 2025, o pastor Silas Malafaia sofreu uma derrota judicial emblemática: a Justiça paulista determinou que ele se retrate publicamente após propagar uma acusação falsa de que o PT teria tentado um golpe contra Michel Temer em 2017. A afirmação, feita durante um ato em defesa de Bolsonaro e publicada pela Revista Fórum, foi considerada caluniosa e desleal.

No discurso, Malafaia afirmou com veemência que o PT invadiu o Congresso Nacional, promoveu quebra-quebra e queimar prédios do governo, tudo com o suposto objetivo de derrubar o então presidente Temer. Essa narrativa, porém, não se comprova; o Partido dos Trabalhadores negou qualquer participação nos eventos de 2017 e contestou na Justiça a declaração, com base em registros oficiais e fatos amplamente documentados.

Para salvar as aparências, o juiz Valdir Queiroz Junior rejeitou o pedido de indenização do PT, mas impôs que Malafaia publique uma retratação nas suas redes sociais — sob pena de multa diária de R$ 1.000, limitada a R$ 100 mil.

Essa decisão judicial marca mais um revés para o discurso incendiário que o pastor costuma usar como motor político. Malafaia já protagonizou diversas polêmicas: desde o apoio irrestrito aos ataques de 8 de janeiro de 2023 até ofensas à imprensa, minorias e instituições democráticas, e sucessivas condenações por calúnia e desinformação.