Malafaia protesta contra legalização de cassinos no Senado – por Alana Stoppa
Pastor evangélico teme aposentados trocando igrejas pelo jogo e acusa “destruição de famílias”

O pastor Silas Malafaia, conhecido por ocupar uma posição de destaque na bancada evangélica, lançou um acalorado protesto contra a votação no Senado que legaliza cassinos, bingos e apostas. Ele alertou que a medida pode levar aposentados a trocarem as igrejas pelo cassino e o dízimo pelas apostas, o que, segundo ele, significaria “a destruição de famílias”.
1. Medo moral de um público vulnerável
Malafaia sustenta que os cassinos não são apenas entretenimento: são “armadilhas financeiras” capazes de transformar a poupança dos idosos em dívidas. Ele convoca seu público a defender a “fé e a estabilidade emocional” — sob o risco de pessoas vulneráveis trocarem sinais espirituais por perdas econômicas.
2. Discurso misto de urgência e chantagem eleitoral
Além de chamar o projeto de “barbárie”, o pastor estimula jejum coletivo e promete expor senadores que votarem a favor. A mensagem codifica uma lógica clara: quem apoiar a expansão dos jogos estará também apoiando a destruição do patrimônio emocional da família brasileira.
3. Estratégia da crise moral
O argumento central é que, se a aposta se expandir, aposentados vão se afastar da igreja e perder o hábito de contribuir com o dízimo — em vez de dar valor espiritual, investirão dinheiro em jogos. Para ele, “um país se fortalece com fé, não com vitórias ilusórias em máquinas”.
4. Batalha ideológica e eleitoral no Senado
A mobilização é explícita: igrejas assumem papel de tribunal moral, julgando eleitores e políticos. Malafaia deixou claro que quem votar pela legalização será alvo de sanções eleitorais — um recado que associa moral religiosa, controle de voto e poder político.
Conclusão: entre fé e lucro — Malafaia escolheu seu lado
Ao comparar igrejas com cassinos, o pastor usa uma retórica poderosa: para ele, o jogo representa uma ameaça à fé, à estabilidade econômica e ao tecido moral do país. Resta saber quem vai impor limites — se o Senado, a Igreja ou o bolso do aposentado em crise.
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