Pesquisa revela que 60% dos internautas veem medida como ataque à soberania brasileira, enquanto narrativa bolsonarista tenta bani-las com apoio externo

Um levantamento recente do instituto Quaest, conduzido entre os dias 28 e 30 de julho, analisou cerca de 1,6 milhão de postagens sobre as sanções impostas pelo governo norte-americano ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. Os resultados são contundentes: 60% das menções nas redes sociais criticaram a decisão de Trump, em oposição à medida. Apenas 28% apontaram apoio às sanções, enquanto 12% mantiveram tom neutro e informativo.

Para a narrativa alinhada à esquerda e movimentos sociais, essa maioria expressa indignação com a tentativa de interferência externa no Judiciário brasileiro. A percepção dominante é a de que Trump estaria usando a legislação como escudo para proteger aliados políticos, sobretudo o clã Bolsonaro, ao passo que a ação pinta Moraes como vítima de uma manobra geopolítica inaceitável.

Já a parcela que defende a medida, majoritariamente formada por influenciadores e apoiadores da direita, enxerga-a como diagnóstico legítimo de “censura interna” e “abuso de autoridade” por parte do magistrado. Para eles, a sanção teve caráter simbólico e importante visibilidade internacional.

Dados da pesquisa

Sentimento nas mençõesPercentual aproximado
Contra Trump60%
A favor das sanções28%
Neutras / informativas12%
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