Recalque: Críticas bolsonaristas minimizam a relevância da conversa entre Brasil e EUA, apesar de avanços no plano diplomático

Na manhã desta segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump mantiveram uma videoconferência de cerca de 30 minutos marcada por cordialidade e comentários positivos sobre a sintonia entre os dois. Lula aproveitou para pedir o fim das sanções impostas a produtos e autoridades brasileiras como gesto de reaproximação diplomática.

No entanto, nem todas as reações foram favoráveis. Lideranças bolsonaristas reagiram com ceticismo. O advogado Fábio Wajngarten, ex-secretário de comunicação e aliado próximo à família Bolsonaro, ironizou o encontro nas redes sociais, dizendo que “a mera ligação entre chefes de Estado que pensam e atuam de maneira absolutamente contrastante não quer dizer absolutamente nada”. Para ele, o episódio evidencia que a política externa atual é “retrógrada, lenta e sem nenhuma tecnicidade”.

Durante a conversa, Lula contou com a presença de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Secom) e Mauro Vieira (Itamaraty), bem como do vice-presidente Geraldo Alckmin e do assessor especial Celso Amorim. Já Trump indicou que Marco Rubio, secretário de Estado, ficará responsável por continuar as negociações com as equipes brasileiras. Os presidentes também concordaram em promover um encontro presencial em breve.

Além disso, Lula convidou Trump para participar da COP30, que será realizada em Belém (PA), e sugeriu que o encontro presencial entre eles ocorra durante a Cúpula da Asean, na Malásia, prevista para o fim de outubro.

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