Governo promove trocas de indicações no setor público como reação à base fisiológica, enquanto protege aliados estratégicos do Congresso.

O presidente Lula deu início a uma ofensiva interna para desfazer a influência do Centrão em estatais estratégicas, com especial atenção à Caixa Econômica e à Codevasf. Fontes do governo revelam que até 400 indicados de partidos alinhados à base fisiológica estão sendo alvo de substituições, enquadramento ou destituição.

Apesar da movimentação ampla, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), até o momento, foi poupado dessa leva inicial de trocas. Segundo interlocutores, o governo evita confronto direto com quem ainda exerce poder decisivo no Congresso.

A limpeza promovida por Lula é vista como um recado: não mais tolerância com composições meramente partidárias em cargos de Estado. O objetivo central é reforçar a governança das instituições, recuperando, ao menos simbolicamente, a lógica de mérito e controle político mais rigoroso.

Nos bastidores, aliados ressaltam que essa primeira fase evitará rompimentos muito bruscos com aliados parlamentares — o caminho será fazer a transição com cautela, sem provocar crises políticas abruptas.

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