Presidente preguiça de inflação real e defende direção da política monetária

Em primeiro lugar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta segunda-feira, 30 de junho de 2025, sua confiança em Gabriel Galípolo, presidente interino do Banco Central, afirmando que a taxa de juros “vai ser corrigida com o passar do tempo”. A declaração foi feita durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar no Palácio do Planalto.


Defesa da Selic e visão realista

Em primeiro lugar, Lula contrapôs a narrativa de que a Selic, atualmente em 10,5%, estaria “destruindo a economia”. Ele explicou que, para o crédito rural, as taxas efetivas são significativamente mais baixas — variando entre 2% e 5% ao ano — e que, quando comparadas à inflação, muitas apresentam juros reais próximos ou abaixo de zero. Ele enfatizou que uma Selic de 5% com inflação de 5% representa juros reais zero, enquanto 3% em um país com alta de preço de 5% significam taxa negativa.


Confiança no Banco Central

Por outro lado, Lula destacou a autonomia da autoridade monetária e declarou:

  • Galípolo é “um presidente muito sério” — com a segurança de que “as coisas vão ser corrigidas com o passar do tempo”.
  • O discurso traz um recado claro: o governo mantém independência técnica, mas acredita em ajustes pontuais e gradativos na Selic, conforme a conjuntura econômica.

Conexão com nutrição do agronegócio

Lula ainda defendeu que o Plano Safra destina R$ 89 bilhões ao crédito rural — parte por meio de taxas mais baixas e diferenciadas para a agricultura familiar. A lógica apresentada reforça que, mesmo com juros básicos elevados, o acesso à renda e aos financiamentos permanece viável e alinhado com os objetivos sociais do governo.


Por que isso importa

  • Tranquiliza os mercados: reafirma comprometimento com a estabilidade e a autonomia do BC.
  • Ajuste de expectativas: sinaliza que o ciclo de alta da Selic pode chegar ao fim, com possibilidade de queda futura.
  • Proteger o real: ao destacar os juros reais negativos, o discurso busca evitar que os brasileiros encarem os juros apenas em números nominais.

Conclusão

O elogio de Lula a Galípolo vai além de um gesto político — é uma demonstração de que o governo aposta numa transição ordenada na política monetária. A Selic permanece alta, mas a mensagem é clara: com paciência, os ajustes virão. A aposta é na combinação entre rigor técnico, estímulos ao campo e uma narrativa de correção suave — cujo ritmo determinará o próximo capítulo da economia brasileira.


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