Lula promete reconciliação: “Vamos voltar à normalidade política” com Motta e Alcolumbre
Após tensão com o Congresso e judicialização do IOF, presidente anuncia diálogo com líderes da Câmara e do Senado para retomar governabilidade
Em 2 de julho de 2025, em entrevista na Bahia, o presidente Lula afirmou que buscará reconciliação com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, ao retornar de agendas internacionais no Mercosul e nos BRICS. Segundo ele, “vamos voltar à normalidade política” em nome da governabilidade.
Contexto da crise institucional
O anúncio vem após forte impasse: o Congresso derrubou o decreto que aumentava o IOF, forçando o governo a recorrer ao STF. Lula classificou a decisão como fruto de “interesses de poucos grupos econômicos” e alegou que, sem recorrer à Corte, “não governa mais o país”.
O papel do STF
O presidente reforçou que a judicialização do conflito é parte do sistema institucional: “cada macaco no seu galho” — Congresso legisla, Executivo governa — e, quando há impasse, a solução passa pela Justiça.
O gesto de pacificação
A agenda com Motta e Alcolumbre, prevista para a próxima semana, é vista como tentativa de pacificar o ambiente político e evitar novos choques institucionais, ao passo que o governo segue com mandato da AGU no STF para resguardar o aumento do IOF.
Por que isso importa
- Governabilidade em risco: o episódio expõe fragilidade na condução executiva diante de oposições legislativas.
- Precedente institucional: recorrer ao Supremo reforça controle dos conflitos entre Poderes — mas pode aumentar carga de judicialização do governo.
- Estratégia política: a abertura ao diálogo pode aliviar tensões, reconfigurar alianças e permitir avanço de pautas fiscais e sociais.
Conclusão
Com a promessa de “voltar à normalidade política”, Lula busca costurar trégua institucional com líderes do Legislativo. A iniciativa representa movimentação pragmática: reconhece que sem diálogo não há capacidade de governar. O desfecho dessa reconciliação será decisivo para definir a duração da crise e a sustentabilidade da pauta econômica.
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