Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem construindo uma aproximação crescente com a maior denominação evangélica do Brasil, comandada pelo bispo Samuel Ferreira. A articulação é vista como movimento estratégico para fortalecer apoio político em setores religiosos.

Samuel Ferreira comanda uma expressão evangélica que tem ampla capilaridade nacional e influência política relevante em comunidades religiosas. Lula e Ferreira já teriam participado de encontros discretos para alinhamento de pautas comuns.

Para aliados do presidente, essa aliança com a maior denominação evangélica busca reaproximação com um segmento que foi disputado intensamente por Bolsonaro — ao mesmo tempo em que sinaliza que o governo pretende construir novas pontes com a bancada religiosa.

Por outro lado, críticos alertam para o risco de trocas simbólicas: o apoio político via igreja pode pressionar posturas de governo sobre temas sensíveis como educação, moral, autonomia religiosa e direitos civis.