Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os Estados Unidos têm ignorado todas as tentativas de diálogo do Brasil para negociar a tarifa de 50 % sobre exportações brasileiras, que deve entrar em vigor em 1º de agosto de 2025. Lula denunciou que “ninguém quer conversar” com representantes brasileiros, incluindo vice‑presidente e ministros, que já participaram de pelo menos dez reuniões com a USTR desde maio.

Segundo o presidente, o Brasil está tratando o tema com “a máxima seriedade”, mas reforça que “seriedade não exige subserviência” e exige reciprocidade. Ele disse: “Trato todos com respeito. Mas quero ser tratado com respeito”.

Lula ressalta que o país não aceitará negociar como “país pequeno diante de país grande”. Ele reconhece o poder econômico, militar e tecnológico dos EUA, mas garante que isso deixa o Brasil preocupado — e não com medo. O presidente destacou que negociações são conduzidas por contatos formais e não por ultimatos via redes sociais, classificando o anúncio das tarifas como “vergonhoso”.

O presidente alertou ainda que, caso as tarifas se mantenham, tanto a população brasileira quanto a americana sofrerão com a elevação dos preços de produtos como carne bovina, café, suco de laranja e aço. Ele disse que a relação comercial de 201 anos de “ganha‑ganha” está sendo substituída por um modelo de “perde‑perde” impulsionado por decisões unilaterais.

Lula finalizou declarando que o Brasil não desistirá do diálogo e acredita que a civilidade deve retornar às relações diplomáticas entre os dois países, lembrando que sua eq