Aliados de Eduardo Bolsonaro em Washington anunciam iminente sanção contra Alexandre de Moraes — escalada diplomática entre EUA e Brasil.

Fontes bolsonaristas em Washington afirmam que o governo dos Estados Unidos pode anunciar nesta sexta‑feira (25 de julho de 2025) a aplicação da Lei Magnitsky Global contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, número dois da lista dos bolsonaristas que articulam retaliações contra o Judiciário brasileiro.

Criada em 2012, a legislação permite o congelamento de bens, restrição de acesso ao sistema bancário norte-americano e cancelamento de visto, servindo como verdadeira “pena de morte financeira” para autoridades acusadas de corrupção ou cerceamento de liberdades fundamentais.

A movimentação ocorre em sintonia com as iniciativas do entorno de Eduardo Bolsonaro e o influenciador Paulo Figueiredo, que têm promovido pressão junto a autoridades dos EUA para que Moraes e outros ministros do STF sejam sancionados por presunto abuso judicial. Segundo o jornal O Globo, dúvidas jurídicas em Washington já atrasaram a sanção — o Tesouro dos EUA chegou a apresentar resistência técnica sobre a aplicação da lei, embora o secretário Scott Bessent tenha sinalizado apoio interno.

O cenário se agravou nos últimos dias com a revogação de vistos de ministros do STF, incluindo Moraes, por decisão do secretário de Estado Marco Rubio, e a tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, decretada por Donald Trump como reação ao processo judicial contra Bolsonaro.

A reação do governo Lula tem sido firme. O presidente tem reafirmado a independência do STF e denunciado interferência política externa como ato de “intromissão inaceitável” na soberania nacional. Lula também utilizou esses ataques para doutorar sua popularidade: a ofensiva externa impulsionou apoio popular e uniu setores antes hesitantes diante da crise econômica e política.

Internamente, Moraes aprovou investigação sobre suspeita de operações financeiras no câmbio realizadas antes do anúncio da tarifa, reforçando a noção de que a sanção seria parte de um movimento de pressão política e especulativa.

A iminente sanção com a Lei Magnitsky — se confirmada — será o ápice de uma ofensiva política articulada pelos bolsonaristas nos EUA contra o STF, com impacto direto na integridade institucional do Brasil. A resposta já está formulada no governo Lula, que repudia com firmeza qualquer tentativa de coerção diplomática e reitera a independência do Judiciário.

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