Redação

A Justiça do Trabalho de São Paulo manteve, por unanimidade, a condenação do empresário Pablo Marçal pela morte do eletricista Celso Guimarães Silva em 2023, durante prestação de serviços em estúdio de audiovisual. O colegiado decidiu que Marçal e sua empresa devem arcar com indenização total de aproximadamente R$ 2,4 milhões à família da vítima.

Celso trabalhava na desmontagem de um estúdio em Alphaville, na Grande São Paulo, quando sofreu uma descarga elétrica e queda de quatro metros de altura. Laudo da Polícia Civil apontou falhas como fiação exposta, falta de isolamento adequado e ausência de equipamentos de segurança. A empresa Marçal Participações Ltda. foi apontada como responsável pela estruturação do local no momento do acidente.

A defesa de Pablo Marçal sustentava que um dos depoimentos do processo deveria ser declarado inválido, por suposta “amizade íntima” entre testemunha e vítima. A jurisprudência, no entanto, entendeu que o vínculo era profissional e eventual, e que não comprometeu a validade do depoimento. Como resultado, o recurso foi inteiramente rejeitado.

Com a decisão, o valor original de R$ 2 milhões em indenizações foi acrescido de multas e honorários, elevando o montante a cerca de R$ 2,4 milhões. Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior do Trabalho, mas enquanto isso, a execução da condenação já está confirmada.