Redação

O influenciador digital Hytalo Santos, investigado por exploração de menores e sexualização de adolescentes na “Turma do Hytalo”, acumulou mais de 140 notificações do TikTok por violar os termos de uso — que proíbem nudez, autolesão, sexualização infantil, bullying, entre outras condutas — antes de finalmente ter sua conta suspensa pelas plataformas.

A decisão judicial veio após denúncias contundentes feitas pelo youtuber Felca, que denunciou em vídeo viral o “circo macabro” praticado pelo influenciador “desde os 12 anos” por parte das adolescentes que apareciam em seus vídeos. A repercussão gerou mobilização pública e pressão política, resultando na determinação judicial que suspende definitivamente a presença de Hytalo nas redes, proíbe monetização e impede contato com menores.

O caso expõe o papel conivente — e atrasado — das plataformas digitais, que mantiveram o influenciador ativo mesmo após repetidas violações ambientais e legais. Mas, acima disso, demonstra a urgência: sem legislação efetiva e fiscalização — como a que Hugo Motta pretende pautar para coibir a adultização de crianças —, a proteção às infâncias continua vulnerável.