Banco mobiliza recursos para setores estratégicos nos EUA, alinhado à cruzada de Trump por autonomia e poderio industrial

O banco J.P. Morgan Chase decidiu apostar pesado na política econômica dos Estados Unidos sob Donald Trump, anunciando um plano de investimento de até US$ 10 bilhões para fortalecer setores classificados como estratégicos à segurança nacional americana.

A iniciativa concentra recursos em segmentos como defesa, manufatura avançada, energia e tecnologia, com o objetivo declarado de reduzir a dependência industrial e geopolítica de fornecedores estrangeiros. Segundo o CEO Jamie Dimon, “os EUA tornaram-se excessivamente dependentes de fontes pouco confiáveis de minerais, produtos e manufaturados — todos essenciais para nossa segurança nacional”.

Esse gesto do J.P. Morgan escancara o casamento entre grandes capitais e o projeto ideológico de Trump, que se baseia no “America First” — retórica nacionalista que busca reindustrializar o país e reordenar cadeias produtivas estratégicas.

A ambição do banco vai além: ele planeja que esse aporte inicial seja apenas o pontapé para um programa de investimento mais amplo, estimado em US$ 1,5 trilhão ao longo dos próximos anos.

No pano de fundo, fica clara a dimensão simbólica e política dessa operação: não é mera alocação financeira, mas uma aposta institucional de que o capital financeiro pode se transformar em instrumento direto de poder estratégico — em plena sintonia com agendas nacionais que tentam remodelar a ordem global.

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