Nova ofensiva israelense desrespeita trégua mediada, e população palestina enfrenta escalada de violência

As forças de Israel retomaram nesta semana ataques à Faixa de Gaza, apesar de um cessar-fogo que havia sido oficialmente anunciado e mediado por parceiros internacionais. Autoridades palestinas informam que quase 90 pessoas foram mortas desde que o ·acordo entrou em vigor, enquanto Israel afirma que está respondendo a violações do cessar-fogo por parte da Hamas.

O número de mortes vem aumentando com rapidez. Segundo o gabinete de mídia de Gaza, as forças israelenses teriam violado o cessar-fogo em pelo menos 80 ocasiões — resultado em dezenas de civis mortos, muitos dos quais mulheres e crianças. Israel alega que reagiu após supostos ataques do Hamas contra soldados em Rafah.

A retomada dos ataques enfraqueceu a convenção de paz e provocou críticas internacionais. A crise humanitária da população palestina se agrava, com bloqueios que impedem a entrada regular de suprimentos de alimentos, remédios e combustíveis.

No cenário diplomático, a figura do mediador tornou-se central. Os Estados Unidos, até então parte do esforço de estabilização, pediram moderação ao governo israelense para preservar o cessar-fogo. Já o governo brasileiro, por sua vez, aumentou os pronunciam­entos públicos condenando a destruição de civis e reafirmando o direito à soberania da Palestina.

A nova escalada coloca em risco não só os civis que vivem em Gaza, mas também qualquer perspectiva de negociação imediata. O legado do cessar-fogo fica fragilizado. Especialistas em geopolítica alertam que a recusa do Israel em manter a trégua pode resultar em nova fase da guerra — muito mais prolongada e com maior número de vítimas.

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