Depois de 12 dias de confronto direto, Irã e Israel declaram vitória; Teerã anuncia o fim do conflito, enquanto Netanyahu celebra a suposta neutralização da ameaça nuclear — mas ambos mantêm estado de alerta e domínio militar.

Irã anuncia fim da guerra e celebra vitória

Após quase duas semanas de ataques mútuos, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian declarou o encerramento do conflito de 12 dias, classificando os confrontos como uma “grande vitória”. Ele afirmou que os ataques foram impostos pelo “aventurismo de Israel” e ressaltou que o Irã restabeleceu a normalidade — mesmo com o espaço aéreo ainda restrito e uma trégua frágil.


Israel reconhece vitória, mas mantém campanha

Em resposta, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel conquistou uma “vitória histórica”, eliminando a ameaça nuclear e as capacidades balísticas iranianas. A neutralização desses perigos foi apontada como o grande êxito estratégico da operação. Ainda assim, ele sublinhou que a campanha militar ainda não foi encerrada — e as Forças de Defesa de Israel já deslocam esforços para confrontos em Gaza.


O que está por trás dos números

  • O conflito começou em 13 de junho, com ataques israelenses a instalações nucleares e militares no Irã, nomeados “Operação Leão Ascendente”.
  • O Irã retaliou lançando uma barragem de cerca de 150 mísseis balísticos e 100 drones dentro de Israel — operação batizada de “Promessa Verdadeira III”.

Risco persistente e diplomacia ativa

A trégua entrou em vigor graças à mediação do Catar e dos EUA, com pressão diplomática do então presidente norte-americano Donald Trump. Seguiu-se fase tensa de cessar-fogo, em que ambos os lados se acusam mutuamente por violações iniciais.


Cenário estratégico e geopolítico

  • Irã busca fortalecer o apoio interno, afirmando ter protegido sua soberania e “sido vitorioso”.
  • Israel foca o pós-conflito em Gaza, mas mantém capacidade militar ativa contra o Irã, sinalizando vigilância contínua sobre instalações nucleares.
  • Repercussão global: petróleo desvaloriza ligeiramente com esperança de estabilidade, embora rotas no estreito de Ormuz permaneçam sensíveis .

O que observar nas próximas semanas

  • Manutenção da campanha militar israelense: ofensivas em Gaza, resgate de reféns e operações preventivas continuam.
  • Fragilidade da trégua: risco crescente de reativações e ataques esporádicos.
  • Diplomacia nuclear: retomada de negociações e inspeções da AIEA ainda incerta.
  • Mercado e segurança global: volatilidade energética e resposta de potências regionais podem definir o rumo da paz.

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