Imprensa amarga um brioche: sem Häagen-Dazs, Nutella e filé-mignon, restou reclamar do peito de peru
Depois que Lula confirmou sua candidatura à reeleição, jornalistas entraram em colapso calórico: sem Häagen-Dazs, Nutella, Viagra ou filé-mignon para noticiar, restou transformar o peito de peru em escândalo nacional

Mal Lula anunciou oficialmente sua candidatura à reeleição, a imprensa tradicional já entrou em modo “emergência nutricional”: sem Häagen-Dazs, sem Nutella, sem filé-mignon, sem Viagra e sem prótese peniana, o drama agora é outro — o peito de peru.
Sim, o Brasil vive uma crise jornalística proteica. Acabaram-se os tempos gloriosos de Temer e Bolsonaro, quando o noticiário podia temperar suas manchetes com delícias importadas e gastos curiosos: entre um pote de sorvete gourmet e uma prótese peniana, havia sempre espaço para uma denúncia “exclusiva”.
Mas eis que chega Lula, o presidente que — para desespero dos colunistas famintos — decidiu ser fit. Sem sorvete, sem Nutella, sem filé-mignon e, ao que tudo indica, sem precisar de reforço farmacêutico, o petista trocou os banquetes de luxo por peito de peru, lombo canadense e brioche. Resultado: a imprensa ficou órfã de calorias e manchetes.
“A situação é dramática”, confessou um repórter anônimo entre uma torrada integral e um café sem açúcar. “É impossível indignar o público com um cardápio tão equilibrado. O máximo que conseguimos foi uma crise de riso.”
Os números, no entanto, falam por si. Segundo nossos cálculos, os R$ 850 mil gastos com alimentos dariam para comprar cerca de 6,3 toneladas de peito de peru, 7,1 toneladas de lombo canadense e 11,3 toneladas de brioche.
Se Lula e Janja resolvessem comer tudo sozinhos — 1,5 kg de comida por pessoa por dia, como a imprensa de direita induz seus leitores a acreditar —, levariam de 18 a 23 anos para acabar o estoque. Isso considerando perdas no preparo, variações no apetite e nenhuma visita do Alckmin.
Enquanto isso, comentaristas reclamam da “falta de escândalo”: sem Nutella para espalhar e sem filé-mignon para fatiar, sobra apenas a velha tática de estufar o peito de peru e enfiar um brioche no lombo canadense — metáfora que define bem a cobertura política nacional.
Mas como diz o ditado:
“Praga de urubu magro não pega em cachorro gordo.”
E Lula segue firme, fit e sem sobremesa, enquanto a imprensa… amarga um brioche.
