Movimento acusa ocupação de massacres e de impor obstáculos com interesses políticos

O Hamas afirmou nesta quinta-feira que o governo israelense está tentando inviabilizar o cessar-fogo permanente em Gaza, através de ações que sabotam os acordos e perpetuam o conflito.

Segundo comunicado do movimento, um ataque contra a família Ghabboun deixou mais de 70 civis entre mortos e feridos — episódio que, para o Hamas, simboliza o descaso israelense com os compromissos firmados de trégua.

O movimento havia anteriormente declarado que aceitaria um cessar-fogo permanente como parte de uma solução mais ampla para cessar hostilidades.

Paralelamente, o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, de linha ultranacionalista, fez duras ameaças: seu partido “Poder Judaico” pressionará para derrubar o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, caso o Hamas não seja completamente “desmantelado”.

A disputa expõe o fato de que Israel, além de recusar compromisso claro, parece acostumado a usar a guerra como instrumento político interno — ao invés de buscar a paz humanitária.

Enquanto isso, pressões internacionais aumentam. Os Estados Unidos anunciaram o envio de cerca de 200 soldados para apoiar e monitorar o cessar-fogo em Gaza, visando garantir que os termos do acordo sejam efetivamente cumpridos.

A escalada verbal e militar entre as partes evidencia: não são apenas dois exércitos em confronto. É uma disputa sobre credibilidade, poder e quem dita as regras do fim da guerra.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.