Com forte possibilidade de novas sanções e retórica hostil, Planalto descarta diálogo com Trump e reforça articulação por resposta multilateral e defesa da soberania.

O Governo Luiz Inácio Lula da Silva vê com preocupação a escalada de tensão com os Estados Unidos. Fontes internas revelam que o Palácio do Planalto considera provável uma nova ofensiva norte-americana — desta vez com mais sanções dirigidas diretamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) — e já admite que Donald Trump não tem interesse em negociar o polêmico “tarifaço” de 50% imposto pelo mercado norte-americano às exportações brasileiras.


Uma política de controle — não de conversa

Para o governo brasileiro, não há sinal de recuo ou abertura diplomática por parte de Trump. Como registram colunistas, a ideia de um diálogo com a Casa Branca foi considerada “um jogo perdido e humilhante”, especialmente por parte de um líder que já pressionou o STF por decisões judiciais internas. A expectativa é que novos ataques venham contando com o apoio de setores radicais dentro da diplomacia americana, como manifestações da embaixada ou publicações em rede social de tom hostil.

Plano B: multilateralismo e autonomia

Com essa perspectiva hostil, o governo reduz as esperanças de acordo bilateral. Em contrapartida, prepara:

  • Reforço diplomático com os BRICS, especialmente Índia e China;
  • Ação formal na OMC para contestar as sanções;
  • Construção de uma coalizão sul-global por uma linha de diálogo baseada em igualdade, não chantagem econômica.

O contexto de crise

A crise entre Brasil e EUA se instalou em 2025 com a imposição da sobretaxa de 50% sobre exportações brasileiras — decreto que atingiu quase 36% da pauta comercial do país. A medida foi justificada por Trump como retaliação política ao processo judicial contra Jair Bolsonaro e considerada uma tentativa de interferência direta na justiça brasileira.<br>
Paralelamente, o governo brasileiro reagiu com firmeza: classificou a intervenção como “chantagem inaceitável”, acionou a OMC e elevou o tom da defesa da soberania institucional e econômica.


Esse momento histórico marca o ponto em que o Planalto escolhe dignidade sobre capitulação — mesmo quando a retórica externa tenta calar o Estado de Direito. As próximas semanas mostrarão se o multilateralismo se fortalece frente às sanções, ou se o cenário global de tensão continuará se intensificando.

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