“Não existe anistia meia-bomba”, diz Flávio Bolsonaro sobre proposta alternativa
Senador exige perdão amplo para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (16/9/2025) que não aceitará uma versão “meia-bomba” da proposta de anistia destinada aos investigados e condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, só será aceita uma anistia ampla, geral, irrestrita e imediata.
Contexto da declaração
- A fala de Flávio ocorre depois que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a intenção de pautar, em regime de urgência, uma proposta alternativa ao texto original da anistia, que incluiria restrições.
- O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), defende uma versão mais moderada, que reduz penas em vez de conceder perdão total, o que motivou a reação de Flávio.
O teor do posicionamento
Flávio Bolsonaro fez questão de enfatizar que:
- Ele rejeita qualquer forma de anistia que seja “light” ou parcial — que só amenize penas ou deixe de fora figuras centrais do bolsonarismo.
- Para ele, a anistia deve ser “ampla, geral, irrestrita e imediata”.
- Ele também criticou a proposta de Alcolumbre, dizendo que não aceitará redução de penas e que qualquer texto que tente limitar o escopo da anistia será rejeitado.
Implicações políticas
- O posicionamento endurecido de Flávio mostra que a ala bolsonarista não pretende fazer concessões de forma significativa, mesmo diante das resistências no Congresso ou de aparente interesse em versões mais moderadas.
- Há risco de fragmentação ou de impasse legislativo, na medida em que partidários que queiram uma proposta alternativa ou mais branda terão dificuldade de obter apoio se o PL insistir numa anistia irrestrita.
- O debate político se aprofunda no confronto entre o desejo de muitos de estender anistia total (o que pode incluir figuras como Jair Bolsonaro) e o temor institucional ou legal de impunidade.
O que esperar
- Nesta quarta-feira (17/9), pode haver votação para adotar regime de urgência ao texto alternativo, caso líderes políticos aprovem a pautação.
- Também existe margem para que o Congresso apresente emendas ou filtros que limitem efeitos do projeto, ou que propõe versões concorrentes — uma parcial (mais restrita) e outra defendida pela oposição (mais ampla).
- Flávio continuará pressionando para que o texto da oposição seja o levado ao plenário, rejeitando versões que excluam Bolsonaro ou imponham limites.