Senador bolsonarista explica que suposta intervenção militar dos EUA é necessária porque, segundo ele, organizações de tráfico estariam sendo “defendidas” no Rio

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reapareceu no centro da controvérsia ao justificar seu pedido de que o governo de Donald Trump realize um bombardeio na Baía de Guanabara. Segundo ele, a medida extrema seria necessária “para parar de defender bandido”.
Na sua justificativa, Flávio afirma que embarcações de grupos de tráfico estariam livremente operando no litoral fluminense, com conivência de quem deveria combatê-las. Ele declarou que “o Brasil precisa de ajuda” porque “aqui no Rio de Janeiro, na Baía da Guanabara, estão esses barcos inundando o país de drogas” e que “se o governo Trump quiser, que venha dar uma força e acabe com isso”.
Ele também fez referência a um vídeo que compartilhou, no qual aparece uma ação militar de ataque a barcos no Pacífico — e usou o caso para dizer que “o modelo dos EUA” poderia ser aplicado no Rio.
A fala provocou convulsão política: além de questionar a soberania nacional, sugere o recurso a uma potência estrangeira para agir em solo brasileiro. O próprio Flávio tentou amenizar depois, dizendo que o pedido seria “uma provocação” ou “um exagero de linguagem” — mas rejeitou arrependimento pleno.
Partidos de oposição, movimentos de direitos humanos e especialistas em segurança pública reagiram com indignação. Eles destacam que tratamento agressivo militar e externo não substitui políticas de combate ao tráfico e que a “solução” apresentada visa apenas alimentar a militância radical e a retórica da militarização.
A diplomacia brasileira está em alerta. Enquanto isso, cresce o debate sobre o que essas declarações revelam: uma radicalização da agenda da extrema-direita vassalocrata e a busca por “soluções” autoritárias e externas para problemas internos que exigem reforma profunda do Estado.

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