Diazepam, Kopenhagen e rachadinhas: Flávio Bolsonaro reage com críticas à PGR
Senador ataca procurador Paulo Gonet após pedido de condenação de seu pai, em tom crítico e irônico

Após a apresentação do relatório final da Procuradoria-Geral da República que pede a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, o senador Flávio Bolsonaro protagonizou um ataque direto ao procurador-geral Paulo Gonet. Em declaração calorosa e repleta de ironia, o parlamentar afirmou que Gonet só poderia ter elaborado a peça “sob efeito de altas doses de Diazepam”, fazendo referência ao medicamento calmante.
Para Flávio, a petição da PGR é exagerada e desproporcional: acusou Gonet de estar agindo de maneira exagerada e emocional, num tom que mistura ridículo e teatralidade. O senador, que também é empresário do setor de chocolates — com participação na tradicional rede Kopenhagen — usou sua posição para desacreditar as alegações da PGR e ironizar o procurador como alguém incapaz de pensar claramente.
A reação do parlamentar foi carregada de sarcasmo, ao associar o relatório, criticado por parte da opinião pública, à suposta instabilidade emocional de seu autor. Ele busca assim minar o documento e atrair atenção para uma resposta forte, pessoal e carregada de retórica política.
Em meio ao embate, Flávio insinuou que o procurador estaria emocionalmente instável, usando referências ao medicamento e fazendo analogias que mesclam o universo dos chocolates (Kopenhagen) com críticas à atuação da PGR. O discurso também ecoa antigas denúncias envolvendo o senador, que já enfrentou investigações por supostas irregularidades no uso de assessores — as chamadas “rachadinhas”.
O episódio evidencia a estratégia de confronto adotada pelo clã Bolsonaro: enquanto o pai enfrenta um processo por golpe, o filho mira o acusador, questionando sua capacidade técnica e emocional. A repercussão do ataque ganhou força nas redes e nos bastidores políticos, alimentando o calor do debate em torno do uso da retórica e da emoção em ações judiciais.