Flávio e Carlos Bolsonaro condenam permanência da prisão domiciliar e denunciam “grave violação” sem acusação formal

Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), manifestaram forte reprovação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que manteve a prisão domiciliar e as medidas cautelares impostas a Bolsonaro. Eles afirmam que ele se tornou um “refém” daquela decisão.

Carlos qualificou a decisão como uma “grave violação” e descreveu como “indefensável” impor medidas cautelares severas sem que haja denúncia formal: “a manutenção de cautelares severas contra um indivíduo que não foi denunciado após a conclusão de um inquérito é indefensável”, escreveu no X. Ele também argumentou que sem acusação os fundamentos legais para manter as restrições deixam de existir.

Flávio Bolsonaro postou imagem com frases como “Libertem Bolsonaro” e “70 dias preso e 21 dias sem denúncia” para reforçar que considera o pai “refém da decisão” de Moraes. Ele declarou que continuará lutando pela liberdade de quem chamou de “o melhor presidente da história do Brasil”.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto, após a Primeira Turma do STF decidir manter a medida cautelar por descumprimento de restrições impostas anteriormente no inquérito sobre o esquema golpista do 8 de janeiro. A PGR havia oferecido denúncia relacionada ao caso de Eduardo Bolsonaro, mas não incluiu o ex-presidente naquele momento — o que tem alimentado a argumentação dos defensores de Bolsonaro de que não há base legal para manter medidas tão rigorosas.

O posicionamento de Carlos e Flávio Bolsonaro reforça o clima de confronto entre o bolsonarismo e o STF, e evidencia a estratégia política de acusar o Judiciário de agir além dos limites da lei para perseguir seus opositores.

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