Relatório da Polícia Federal revela que Carlos, Flávio e Jair Renan Bolsonaro receberam proteção personalizada, espionagem e dados privilegiados via estrutura clandestina da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal concluiu que a chamada “Abin Paralela” foi usada para proteger especificamente os filhos de Jair Bolsonaro — Carlos, Flávio e Jair Renan — utilizando espionagem personalizada, monitoramento de servidores públicos e acesso antecipado a investigações sigilosas.


Carlos Bolsonaro: espionagem e desinformação estratégica

Carlos foi apontado como destinatário direto dos relatórios produzidos pela estrutura paralela da Abin, incluindo dossiês montados via sistema FirstMile. Ele manteve contato informal com os agentes clandestinos, coordenou campanhas de desinformação e direcionou ataques a adversários políticos, jornalistas e autoridades.


Flávio Bolsonaro: proteção contra investigações fiscais

A PF identificou que a Abin monitorou servidores da Receita que investigavam Flávio, com o objetivo de neutralizar as apurações sobre o esquema das “rachadinhas” e impedir o avanço das investigações em seu desfavor.


Jair Renan Bolsonaro: antecipação de ações investigativas

Para Jair Renan, a Abin supriu informações sobre investigações do Ministério Público, trâmites administrativos e movimentações financeiras, atuando preventivamente para evitar danos à sua imagem e conter possíveis acusações.


Estrutura institucional desviada

O relatório aponta que agentes da Abin, sob comando de Alexandre Ramagem, montaram uma rede paralela de inteligência para proteger interesses políticos da família Bolsonaro — violando normas constitucionais do serviço público e convertendo recursos públicos à vantagem particular.


Perguntas para refletir

  • Quando a inteligência estatal passa da defesa nacional à serviço da família?
  • Qual o limite entre inteligência legítima e espionagem política?
  • Como assegurar responsabilização quando o Estado é usado para beneficiar interesses privados?

Conclusão

A PF conclui que a “Abin Paralela” funcionou como um mecanismo de proteção institucional aos filhos de Bolsonaro, conduzindo espionagem, monitoramento e antecipação de investigações. Essa grave violação institucional exige resposta firme e transparência quanto à accountability democrática.


VEJA MAIS
Carla Zambelli completa 15 dias como fugitiva na Itália após condenação
GSI pediu perfis de 152 bispos críticos a Bolsonaro, revela relatório da Abin Paralela

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.