Felca põe adultização infantil no centro do debate político e digital no Brasil
Vídeo do influenciador viraliza, mobiliza direita, esquerda e apolíticos e aciona Câmara, plataformas e sociedade em defesa da infância.

A denúncia de Felca não foi apenas mais um post na internet. Foi o estalo que faltava. No vídeo “Adultização Infantil”, de quase 50 minutos, ele denunciou a sexualização precoce e exploração de crianças em redes sociais — com repercussão explosiva, atingindo milhões em poucas horas e rompendo bolhas digitais.
Repercussão política imediata: o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos‑PB), anunciou que vai pautar projetos sobre adultização de crianças nesta semana. A proposta — apelidada de “Lei Felca” — pretende criminalizar práticas de exploração infantil na internet. A ex-ministra Cristiane Britto deve apresentar o projeto.
O impacto digital foi bruto. Monitoramento da Palver identificou que o debate atravessou ideologias. Dos grupos de WhatsApp e Telegram, 39 % das mensagens vinham da direita, 11 % da esquerda e 50 % de fontes neutras — sinal de mobilização real além da polarização.
Felca também revelou o conceito do “algoritmo P” — mecanismos dessas plataformas que recomendam conteúdos com crianças em contextos sugestivos, amplificando o problema. A denúncia mostrou como a tecnologia pode agir como facilitadora da exploração e mobilização digital.
O tema agora está na agenda. Não é apenas moralismo — é sobrevivência da infância. Faltam leis, faltam regras, mas também faltava visibilidade — até agora. E essa batalha não admite neutralidade.
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