Em acareação tensa no STF, Marcelo Câmara confirmou que Bolsonaro pediu “monitoramento pontual” de Moraes, sem conexão com a operação “Punhal Verde e Amarelo”.

Durante uma acareação no Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (13/08), o coronel Marcelo Câmara — ex-assessor presidencial — afirmou que recebeu diretamente do ex-presidente Jair Bolsonaro a ordem para monitorar o ministro Alexandre de Moraes. A justificativa teria sido verificar se Moraes estava se reunindo com o então vice-presidente Hamilton Mourão, mas Câmara garantiu que se tratava de uma ação pontual, voltada exclusivamente a “acertar agendas” — não havia relação com nenhum plano de violência. Esse esclarecimento busca desassociar a ordem do esquema de assassinato conhecido como “Punhal Verde e Amarelo”, que incluiu alvos como Luiz Inácio Lula da Silva, Moraes e Geraldo Alckmin.

O delator no caso, tenente-coronel Mauro Cid, endossou essa versão, confirmando que teve conhecimento da ordem de Bolsonaro, mas reafirmando que não tinha ciência de que Câmara estivesse vinculado ao plano de assassinato. A defesa foi clara: “não há nenhuma relação… esse monitoramento foi solicitado diretamente pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”.

Compartilhe:

13 comentários sobre “Ex-assessor confirma ordem de Bolsonaro para monitorar Alexandre de Moraes, mas nega vínculo com plano de assassinato

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.