Redação

A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) está prestes a sediar um evento organizado pela Brasil Paralelo com presenças confirmadas de Nikolas Ferreira e Ana Campagnolo — expoentes do negacionismo científico e da ideologia vassalocrata. O painel, sujeito à cobrança de ingressos de até R$ 359,90, ainda não ocorreu, mas já provocou uma nota de repúdio veemente da comunidade acadêmica, especialmente entre estudantes.

Nas redes, uma convocatória circula com urgência: uni-vos — “PFV se organizem!” — fazendo referência à proximidade do dia 23 de agosto, quando o evento deve acontecer. Estudantes propõem boicote e lembram que “não podemos permitir que a academia se contamine por discursos que desprezam direitos humanos, memória e ciência”.

A Brasil Paralelo, produtora envolvida na produção de conteúdos revisionistas, se articula com vereadores bolsonaristas para utilizar espaço universitário como palanque. Nikolas Ferreira, figura central na disseminação de teorias negacionistas sobre a pandemia, e Campagnolo, conhecida por sua ofensiva contra a educação crítica, devem compor o debate. Ainda não há resposta oficial da reitoria — que, diante da nota de repúdio estudantil, diz valorizar a pluralidade, mas precisa decidir se a universidade será vitrine da desinformação ou bastião do conhecimento.