Operação americana eleva tensões regionais e expõe intervenção militar no Sul Global

As Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram nesta terça-feira (21) um ataque naval contra uma embarcação suspeita de tráfico de drogas nas águas do Oceano Pacífico, em uma região próxima da América do Sul. A informação foi confirmada por autoridades americanas à agência Reuters.

De acordo com o relatório, é a primeira operação militar conhecida dos EUA no Pacífico desde o início de sua nova ofensiva antinarcóticos, que já contabilizou ao menos sete ataques no Caribe.

O alcance da operação revela dois elementos alarmantes para a soberania regional e para as lógicas de justiça social que defendemos:

  1. Intervenção além-mar: Os EUA ampliam sua presença militar não apenas no Caribe, mas também no Pacífico tropical, o que coloca o Sul Global em zona de influência direta de Washington — com risco de violação à autonomia dos Estados latino-americanos.
  2. Justiça seletiva e militarizada: O discurso de “combate ao tráfico” serve como pretexto para ações militares com pouco controle jurídico internacional ou responsabilidade pública — enquanto os grandes fluxos financeiros e de poder permanecem intactos.

Venezuela, Colômbia e outros países da região já demonstraram preocupação com o aumento da presença militar estadunidense próxima às suas costas, vista como ameaça à autonomia regional e antiga prática de intervenção americana.

Para nós, que lutamos por justiça social, igualdade e soberania, este episódio é mais um sinal de que a hegemonia dos EUA continua a se manifestar na negação da autonomia dos povos do Sul. Esse tipo de ação não resolve o tráfico — apenas reforça a militarização, o controle externo e o caos social.

Fonte: Brasil 247

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