Redação

A entrevista de Lula com Reinaldo Azevedo consolidou a linha do governo diante do tarifaço de Trump: nada de telefonema humilhante, nada de submissão. Lula defendeu uma resposta diplomática e coordenada, com o BRICS como eixo e o Brasil tomando medidas internas para proteger empregos e renda, sem cair em bravatas ou retaliações apressadas. Na conversa, o presidente foi direto: Trump “acha que pode tudo”, mas o Brasil não abrirá mão da sua soberania nem da independência do Judiciário.

Lula indicou que vai articular com líderes de China, Rússia e Índia para diversificar mercados e alinhar posições no BRICS, ampliando a saída comercial e política ao cerco imperial. A leitura é simples: quando o castigo vira presente, o Brasil usa a pressão externa para acelerar integração produtiva, tecnologia e reindustrialização — com planejamento, e não com pânico.

Ao tratar de “interferências externas” e das sanções contra ministros do STF, Lula reforçou que o Brasil não aceita tutela estrangeira. A mensagem mira a retórica vassalocrata que tenta transformar ingerência em “pressão legítima”: a Justiça brasileira é soberana e não se dobra a lobby internacional.

No campo econômico, o presidente sinalizou previsibilidade cambial e responsabilidade: “não mexer com o dólar” para manter estabilidade, enquanto o governo sustenta respostas internas a exportadores e setores sensíveis. A entrevista de Lula com Reinaldo Azevedo também antecipou um conselho para minerais estratégicos/terras raras, mirando cadeias de valor críticas à transição tecnológica e energética.

Por fim, Lula mostrou confiança política: diante da escalada externa e do barulho vassalocrata, reafirmou que o país seguirá no rumo da multipolaridade, com o BRICS como plataforma de soberania — sem medo, sem servilismo e com resultados concretos para o povo brasileiro.