Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o domingo (26 de outubro de 2025) livre na agenda para eventuais reuniões bilaterais durante sua estadia em Kuala Lumpur, na Malásia — entre elas, aparece a possível reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Fontes diplomáticas apontam que ambas as lideranças estarão na capital malaia por ocasião da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), o que gera janela para um encontro bilateral. Contudo, a reunião ainda não está confirmada oficialmente.

O governo brasileiro reconhece que há “espaço reservado para isso” entre compromissos da cúpula, segundo o embaixador Everton Frask Lucero, diretor do Departamento da Índia, Sul e Sudeste da Ásia no Itamaraty.

Por que esse encontro tem relevância?

• A relação Brasil-EUA passou por forte tensão devido ao aumento de tarifas e acusações de interferência. Um encontro entre Lula e Trump poderia sinalizar uma guinada diplomática.
• A reunião pode servir para tratar da Lei da Reciprocidade, das sobretaxas impostas por Trump e de retaliações comerciais envolvendo o Brasil.
• Para o Brasil, um colóquio direto entre os dois chefes de Estado reforçaria o protagonismo do país no Sul Global e destacaria seu papel diplomático autônomo.

Riscos e incertezas

• Por enquanto, nenhuma data, hora ou local foram formalmente divulgados. A própria diplomacia brasileira alerta que há “disposição de ambos os lados”, porém o encontro carece de confirmação.
• Mesmo que ocorra, o resultado pode ser símbolo mais do que ação prática. Fontes afirmam que as negociações técnicas sobre tarifas e sanções seguem em outro nível, sem grandes expectativas de avanços imediatos.

Conclusão