Deputado em autoexílio expõe tensão familiar e instrumentaliza diálogo com desespero diplomático.

Mensagens apreendidas pela Polícia Federal e anexadas ao inquérito que investiga a trama golpista revelam o tamanho da tensão entre Jair Bolsonaro e seu filho: Eduardo, irritado com uma entrevista do pai ao portal Poder360 em 15 de julho de 2025, disparou no WhatsApp: “VTNC, seu ingrato do caralho! Me fudendo aqui! Você ainda ajuda a se fuder aí!”. O motivo? Jair classificou o filho como “não tão maduro, talhado para a política”, inflamando uma reação que extrapolou os limites familiares.

Eduardo não economizou no linguajar e prosseguiu com o escancaramento do conflito emocional:

“Se o imaturo do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui, PORQUE VC ME JOGA PRA BAIXO, quem vai se fuder é vc. TENHA RESPONSABILIDADE.”

O episódio, longe de ser apenas uma explosão familiar, escancara as fraturas internas do clã em meio à guerra aberta com as instituições brasileiras. Jair respondeu com áudios, mas a PF não conseguiu recuperá-los. A corporação também registrou que Eduardo depois enviou uma mensagem de apaziguamento: “Peguei pesado… estava puto na hora”, tentando resgatar algum semblante de comunhão.

A investida acontece no contexto de um relatório que já indiciou pai e filho por coação e tentativa de minar o Estado Democrático de Direito. O desespero está estampado nas palavras: Eduardo sente que seu futuro político nos EUA está em risco — e acusa alegremente o próprio pai de jogar contra seus interesses.

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