Filho do ex-presidente apela aos EUA para conter juiz do STF — sinal de escalada autoritária

Em entrevista tensa ao ex-estrategista Steve Bannon, Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) afirmou que espera que Trump intervenha para “parar” o ministro Alexandre de Moraes, usando sanções da OFAC como solução para o que chama de “censura” promovida por decisões judiciais no Brasil. “Alguém tem que fazer isso”, disse, deixando clara a disposição de transformar conflitos internos em embates diplomáticos.

1. Das redes sociais à diplomacia

Em clima de pressão, Eduardo citou o caso de um cidadão americano censurado por ordem de Moraes para justificar sanções — o que reforça sua estratégia: usar ferramentas internacionais para ganhar respaldo contra o Judiciário doméstico.

2. A mobilização conservadora em Washington

Durante o encontro, foi anunciado que a Casa Branca pediu a Eduardo que não vaze detalhes sobre sanções em estudo, temendo prejudicar sua implementação e alimentar embates públicos que podem desgastar o projeto.

3. A ofensiva contra o STF vira guerra global

Ao envolver Trump, Eduardo internacionaliza seu confronto, sugerindo que juízes brasileiros sejam punidos como parte de uma cruzada transnacional da direita — uma escalada diplomática sem precedentes.

4. Estratégia populista em ano eleitoral

A articulação externa mostra que Eduardo enxerga nas sanções não só uma arma jurídica, mas sobretudo uma estratégia eleitoral e midiática para 2026, apostando que o apoio de Trump fortaleça sua base e desgaste Lula globalmente.


Conclusão: escalada diplomática ou risco de caso internacional?

Eduardo Bolsonaro cruzou a linha: não basta confrontar o STF internamente. Ao pedir sanções a Moraes via Trump, ele assume uma postura que transforma instituições brasileiras em peça de um tabuleiro geopolítico — com risco de retaliação diplomática e crise de soberania nacional.


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