Deputado foragido radicaliza desde Washington, "desautoriza" senadores e compromete setor produtivo ao tentar monopolizar tratativa do “tarifaço”

Eduardo Bolsonaro (PL‑SP), afastado da Câmara desde março para atuar em Washington, acumulou tropeços graves que irritaram profundamente o agronegócio e o Centrão, enquanto tenta monopolizar as negociações do chamado “tarifaço” imposto pelos EUA ao Brasil.

Com postura autoritária, o deputado se autodeclara o único representante válido do bolsonarismo junto ao governo americano, chegando a “desautorizar” publicamente uma comitiva de oito senadores brasileiros — incluindo ex-ministros como Tereza Cristina e Marcos Pontes — que foram tentar dialogar com o agronegócio americano e lidar com os impactos do aumento de 50% nas tarifas.

Essa radicalização tem provocado reações de rejeição. Líderes do Centrão passaram a ignorá-lo. Um dirigente chegou a dizer: “Vamos falar de gente séria”, ao ser questionado sobre Eduardo — avaliam que ele “parou de ser levado a sério” e que seu projeto presidencial naufragou por causa da crise diplomática que ajudou a causar.

Já a bancada ruralista acusa Eduardo de atrapalhar o setor: afirmam que a pressão que ele exerce em Washington coloca empregos, exportações e cadeias produtivas em risco — tudo para tentar blindar Bolsonaro da Justiça, mesmo às custas da economia nacional.

Internamente no PL, deputados criticam o isolamento do partido. Consideram que a atuação de Eduardo expôs o partido como agente de chantagens externas em troca de anistias judiciais — comportamento que enfraquece o partido e reforça sua imagem como força antissoberana.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.