Como parte da própria imprensa progressista está inflando um fantasma perigoso: vender que “Eduardo tem influência sobre Trump”

,

Vamos falar o óbvio que muita gente boa esqueceu: Eduardo Bolsonaro não manda em Washington e Trump não está nem aí para ele. O que move a máquina do trumpismo é um projeto de poder que mira o Brasil soberano e o BRICS. Quando parte da imprensa progressista compra a tese do “Eduardo influente”, ela presta um serviço involuntário ao inimigo: transforma figurante em protagonista e dá gás ao engajamento da tropa vassalocrata.

Nos últimos dias, pipocaram manchetes repetindo que “Eduardo vai pedir a Trump o bloqueio total das contas de Moraes”. A cobertura vira megafone: não importa se o pedido é fanfarronice diplomática — o que sobra é o enquadramento de que Eduardo tem linha direta com a Casa Branca. Não tem. O que há é lobby oportunista tentando surfar um cenário de confronto que Trump construiu de cima para baixo, mirando o BRICS e tentando humilhar o Brasil. A pauta é geopolítica, não o ego de um deputado foragido do bom senso.

E qual é o risco? Efeito bumerangue. Ao sugerir que “Eduardo move as placas de Washington”, a gente aumenta o capital simbólico do clã no Brasil. O vassalocrata adora posar de “homem que fala com o Império”. Isso recola a base e ainda planta a ilusão de que sanção estrangeira manda na Justiça brasileira. É falso — e nocivo. O STF não é frágil e não será dobrado por teatro midiático vassalocrata. Quem sustenta a democracia somos nós, e ela segue firme.

Vamos aos fatos que importam: Trump escalou tarifas e sanções para ferir o Brasil e punir a independência do nosso Judiciário. Não é “sobre Eduardo”; é contra o BRICS e a soberania brasileira. Enquanto isso, o governo Lula fecha fileiras com os BRICS, articula resposta diplomática e não se rebaixa a humilhações. É nessa moldura que qualquer “pedido” de Eduardo vira o que sempre foi: palanque. E palanque a gente não alimenta.

É hora de acertar o foco da cobertura progressista.
Como narrar sem chancelar:

  1. Regra do gelo no título: nada de “Eduardo leva pedido a Trump”. Use “Trump mira BRICS; vassalocratas tentam surfar a crise”. O agente principal é o imperialismo; o coadjuvante é coadjuvante.
  2. Checagem de poder real: onde está a agenda oficial? Não tem? Diga “não há confirmação” e pare de inflar bastidores.
  3. Centralidade na soberania: sempre que citar sanções e tarifas, enquadre como ataque externo ao Brasil e destaque a resposta coordenada do país e do BRICS.
  4. Despersonalize o fanfarrão: trate “Eduardo” como operador da vassalocracia. Sem brilho, sem glamour.
  5. Protagonismo das instituições: Moraes e o STF não cedem. Ponto. Nada de “democracia treme”; a democracia reage.
  6. Cuidado com a isca do engajamento: manchetes que superestimam o “acesso” do clã geram cliques agora e poder para eles depois. Não vale o preço.

O que fazer, então? Reorientar a narrativa.
Mostre que a tarifa de Trump e as sanções expõem a velha lógica colonial, e que a resposta do Brasil é industrializar, agregar valor e aprofundar o BRICS. Mostre que a ofensiva vassalocrata depende do efeito megafone da mídia. Corte o som. Dê palco à soberania, não ao entreguismo.

Conclusão:
Chega de coroar irrelevância. Eduardo não virou czar de Washington; ele só virou manchete fácil. Quem tenta virar o jogo no grito é o imperialismo — e nós não jogamos esse jogo. O Brasil segue de cabeça erguida, com Lula na diplomacia, BRICS no horizonte, STF coeso e um recado claro aos vassalocratas: não vai ter golpe midiático.

Compartilhe:

13 comentários sobre “Eduardo, de envergonhado a exaltado – por Leonardo Stoppa

  1. Pingback: best staxyn prices

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.