Redação

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) soltou uma declaração explosiva nesta terça-feira (23/09/2025): ele acredita que, se for considerado inelegível, os Estados Unidos podem se recusar a reconhecer o resultado das eleições brasileiras — um paralelo explícito com o caso de Juan Guaidó, que foi proclamado “presidente interino” da Venezuela com apoio de Trump.

Segundo Eduardo, “provavelmente os EUA não reconhecerão as eleições no Brasil” se ele for impedido de concorrer. “Seria um tanto quanto humilhante para o presidente Trump permitir que um brasileiro … seja tido como inelegível”, disse, referindo-se a sua própria trajetória e ao envolvimento com Washington.

Ele ainda foi mais direto: “Se for declarado inelegível, os Estados Unidos não reconhecerão a legitimidade das eleições brasileiras” — intenção clara de reprodução de modelo de deslegitimação eleitoral caso não consiga disputar legalmente.

Guaidó como modelo de desestabilização política

Eduardo não esconde a inspiração: ele se posiciona como versão brasileira de Guaidó, usando o roteiro de desconstrução da legitimidade eleitoral como ferramenta política. Assim como Trump apoiou o movimento venezuelano contra Maduro, Eduardo sugere ser preparado para empunar o estandarte de crise institucional no Brasil.

Há fortes indícios de que ele articula essa estratégia de “golpe preventivo” — antecipar um discurso de resistência internacional contra a Justiça brasileira caso seja barrado. Isso acende um alerta grave para a democracia nacional.

Riscos institucionais e reação esperada

Especialistas alertam que acusação como essa — de que uma potência estrangeira poderia não reconhecer eleições — é golpe institucional, desloca o debate eleitoral para o exterior e fragiliza soberania nacional.

Se Eduardo seguir esse roteiro, pode acelerar polarização, alimentar radicalismos e provocar reações firmes do Judiciário e da sociedade civil democrática.