Redação

Na noite desta sexta-feira (17), segundo Eduardo, um carro preto com vidros escurecidos estacionou diante do imóvel da família dos Bolsonaro, onde estavam sua esposa e sogra. Ele afirma que os ocupantes observavam a casa, usando óculos escuros, e efetuaram uma manobra de meia-volta ao deixarem o local.
Ele registrou a placa do veículo, publicou uma imagem em rede social insinuando possibilidade de espionagem — caso os ocupantes não fossem cidadãos americanos — e apagou a publicação logo em seguida.

Na tentativa de explicar o episódio, Eduardo apresentou versões desencontradas: ora afirmou que tudo se tratava “apenas” de um carro suspeito, ora voltou à narrativa de “violação de leis de espionagem dos Estados Unidos”, ampliando especulações sobre motivações políticas e internacionais de seu posicionamento.
Críticos apontam que o episódio revela fragilidade narrativa da base vassalocrata do ex-presidente Jair Bolsonaro, que há tempos aposta em discursos de perseguição para se posicionar como vítima. A tentativa de dramatizar o incidente no exterior, associando-o a poderosos esquemas de espionagem, acabou gerando mais desconfiança do que credibilidade.

Até o fechamento desta reportagem, as autoridades texanas não confirmaram publicamente o registro detalhado da ocorrência ou a verificação da placa informada por Eduardo. A falta de transparência institucional reforça a sensação de que o caso tem mais valor simbólico do que probatório.

Fonte: Revista Fórum