Deputado licenciado diz que atuou para proteger liberdade e empresários, condiciona reversão das taxas à anistia

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro declarou nesta quinta-feira (17.jul.2025) que não vai pedir desculpas por defender o “tarifaço” — a sobretaxa de 50% imposta por Trump aos produtos brasileiros — e afirma que “sempre defendeu os empresários geradores de emprego”.

Num vídeo divulgado em suas redes sociais, ele afirmou que continuará a incomodar quem “se acostumou a lidar com silêncio” e prometeu orações pelo Brasil enquanto defende a liberdade.

Eduardo reforçou que considera a taxação americana uma medida legitimada, contanto que se abra o debate sobre anistia ampla, geral e irrestrita para seu pai, Jair Bolsonaro, outros envolvidos na trama golpista e os presos após os ataques de 8 de janeiro.

A declaração ocorre em meio a divergências internas fortes: enquanto o governador Tarcísio de Freitas busca diálogo com empresários e diplomatas americanos para mitigar impactos da medida, Eduardo critica o movimento como “subserviência servil às elites”.

Analistas do bolsonarismo afirmam que a ação do deputado “desconecta” o discurso da família da realidade econômica — e que a insistência na anistia pode reforçar a ideia de autopreservação política, em detrimento do interesse nacional .

O embate expõe o ninho bolsonarista em ruínas: enquanto Eduardo aposta na combatividade e em pautas ideológicas, outro braço do clã, como o governador, tenta abraçar a engenharia diplomática. A ruptura aproxima adversários, inflama intrigas e tensiona a narrativa de “respeito ao Brasil”.

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