Parlamentar afirma que instituições financeiras estariam em risco, mas, como sempre, não há evidência de ação ou intenção efetiva contra os bancos

O deputado federal Eduardo Bolsonaro provocou repercussão ao afirmar, em suas redes sociais, que “os bancos que mantêm contas de Moraes estão sob sério risco” e que “pode vir uma notificação, pode vir uma multa violenta”, em meio a sua articulação externa em busca de sanções internacionais. No entanto, não existe qualquer declaração direta, prova documental ou imagem que comprove uma ameaça efetiva contra as instituições financeiras brasileiras. Trata-se de uma construção retórica, ainda não sustentada por evidências concretas.

https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1956031065308770675

Contexto

  • Eduardo tem buscado apoio junto ao governo dos EUA para que a Lei Magnitsky seja aplicada contra o ministro Alexandre de Moraes. Nessa estratégia, ele relata que os bancos teriam percebido risco ao manter contas vinculadas ao ministro, mas isso não configura uma ameaça formal ou ação concreta contra as instituições.
  • Em entrevista à BBC News Brasil, o deputado declarou estar “disposto a ir às últimas consequências” para afastar Moraes do cargo — mas novamente, não se tratou de uma ameaça a bancos, mas sim à pressão política contra uma autoridade do STF.

Essa escalada de retórica faz parte de uma estratégia maior: dar forma a uma crise institucional fabricada. Eduardo Bolsonaro explora o efeito de “conta suspensa ou bloqueada” como símbolo de poder, mas carece de ação real — é terrorismo simbólico contra as instituições e o sistema financeiro nacional.

Essa narrativa exige vigilância ativa: a mídia progressista precisa desmontar com força esse jogo de sombras, que confunde subtexto com fato, provocação com agressão. O combate à manipulação institucional passa por exigir provas, responsabilizar retórica vazia e proteger a autonomia das instituições — banco ou ministério, o princípio vale para todos.

Compartilhe:

13 comentários sobre “Eduardo Bolsonaro sonha com pressão sobre bancos brasileiros—sem provas de ameaça concreta

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.