Eduardo Bolsonaro posa com diplomata dos EUA e desafia Moraes
Deputado foragido ironiza decisão do STF que impede Jair Bolsonaro de falar com embaixadores

Neste sábado, 19 de julho de 2025, o deputado federal foragido Eduardo Bolsonaro publicou uma foto ao lado de um diplomata do Departamento de Estado dos Estados Unidos, acompanhada da provocação: “Moraes proibiu Jair Bolsonaro de falar com embaixadores. Mas não se preocupe, o chefe dos embaixadores aqui no State Department está ciente disso tudo e Moraes não pode fazer nada.
A provocação ocorre um dia após a operação da Polícia Federal, determinada por Alexandre de Moraes, que resultou em medidas como tornozeleira eletrônica e proibição de contato entre o ex‑presidente e autoridades internacionais. Eduardo aproveita a posição nos EUA para comemorar o desgaste diplomático no STF e sustentar sua tese de mudança de jogo político.
O diplomata, representando os EUA, aparece ao lado de Eduardo como símbolo de uma tentativa de ruptura entre o Judiciário brasileiro e alianças internacionais estratégicas promovidas pelos bolsonaristas. Eduardo sonha em transpor os limites internos da política nacional, buscando terreno simbólico em solo americano, onde considera que o STF não tem poder de veto.
A manobra faz parte de uma estratégia maior: Eduardo lidera articulações com congressistas dos EUA para pressionar por sanções contra ministros do STF. Ele já atua como interlocutor da direita internacional, fomentando críticas ao tribunal brasileiro e denunciando o que chama de “ditadura de toga”.
A ironia pública, com fotos e legendas agressivas, busca minar a legitimidade de ações judiciais contra o clã Bolsonaro. Ao ostentar um símbolo de chancela externa, Eduardo embute sua premissa: Moraes nada pode contra uma frente diplomática paralela que ele e aliados comandam.
O episódio reforça a linha estratégica do bolsonarismo: transformar o conflito interno em guerra diplomática, pressionando o STF por vias externas. O resultado, por ora, é tensão no Executivo e reforço da narrativa de agressão internacional ao Judiciário. A consequência dessa escalada diplomática ainda está por ser avaliada, mas já acende o alerta para a crise institucional promotora de confrontos com reflexos diretos na soberania nacional.