Deputado confunde patriotismo com subserviência: reclama que STF defende a soberania nacional enquanto ele pede a Washington que intervenha no Brasil

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) protagonizou mais um capítulo da ópera bufão do bolsonarismo. Ao comentar a decisão do ministro Flávio Dino, do STF — que determinou que sanções e leis estrangeiras só têm validade no Brasil se forem homologadas aqui — Eduardo se disse em “pânico”. Para ele, isso seria nada menos que “uma violação da soberania americana”, sendo aplicada na veia como se fosse algo criminoso.

A ironia escancara: afinal, é o mesmo parlamentar que residiu nos EUA, articulou sanções contra o próprio país e mostrou-se mais alinhado à Casa Branca do que à Constituição brasileira.

É impossível não rir — ou chorar — com esse tipo de declaração. A medida de Dino visa justamente reafirmar a soberania jurídica do Brasil, protegendo nossos tribunais das interferências externas, especialmente as vindas de Washington. Não é ditadura, é Brasil soberano funcionando.


Análise

Eduardo Bolsonaro transforma a defesa da independência judicial em motivo de panos de prato vassalocrata. Ele critica a promoção da democracia — desde solo estrangeiro! — enquanto defende sanções contra ministros brasileiros e atua politicamente nos EUA. Em outras palavras, ele aplaude violação de soberania, desde que seja a americana. Só podia ser dele.

Surreal e cômico: um político que trabalha de Washington, defende sanções de Trump, e agora se diz traído pelo próprio Judiciário por preservar a soberania nacional. Se é piada, que seja uma lição — o Brasil precisa de quem respeita sua democracia, não de quem usa palco estrangeiro para sabotar nossas instituições.

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