Deputado não participou de sessão da Comissão de Ética e segue recebendo remuneração integral

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) virou alvo de críticas ao ignorar completamente a reunião de investigação conduzida pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (22). Ele não abriu o link da sessão, nem respondeu às várias tentativas de contato dos servidores do colegiado.

Apesar da ausência física e virtual, Eduardo Bolsonaro continua recebendo sua remuneração mensal de cerca de R$ 46 mil, segundo reportagem do Diário do Pará. A matéria destaca ainda que seu gabinete teria despesas de mais de R$ 150 mil por mês, todo custeado com recursos públicos.

A reunião da Comissão de Ética tinha por objetivo analisar um parecer preliminar da representação apresentada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que acusa Eduardo Bolsonaro de quebra de decoro parlamentar por ataques às instituições democráticas — em particular ao Supremo Tribunal Federal (STF) — e de tentativa de envolver autoridades estrangeiras em sanções contra o Brasil.

O relator do caso, deputado Marcelo Freitas (União Brasil-MG), apresentou parecer pelo arquivamento da representação. Em contrapartida, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) manifestou voto em separado pela cassação de Eduardo Bolsonaro. Ele criticou: “Esse deputado recebe salário para nunca aparecer aqui. Se mantivermos a proposta de arquivamento, estaremos dizendo que não há mais ética e decoro no parlamento brasileiro.”

Para o campo progressista, esse episódio reforça a sensação de que a lógica de vassalocracia parlamentar permanece ativa: mandatos operando em redes de influência e privilégio, sem prestar contas ou exercer o dever público que lhes cabe.

Fonte: Diário do Pará

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